Ead do Aprendiz
quarta-feira, 18 de maio de 2011
A EDUCAÇÃO NO BRASIL
quarta-feira, 6 de maio de 2009
A Educação a Distância pode ajudar a resolver os graves problemas educacionais do Brasil?
A educação, segundo a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, é “direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.
Porém, essa não é a realidade educacional brasileira. Muitas pessoas não possuem acesso à escola, devido a vários fatores, como a dificuldade de transporte e de conciliação entre trabalho, escola e família. Muitos alunos já possuem filhos e são casados, tendo, portanto, que dar atenção a eles e administrar a casa. Muitos também trabalham, o que restringe a disponibilidade de tempo para realizar as atividades e até mesmo em comparecer às aulas. Isso ocorre mais comumente com alunos do Ensino Superior, por causa da faixa etária, mas está crescendo em turmas de Jovens e Adultos e, com menor índice, com adolescentes do Ensino Médio. A evasão escolar e a existência de pessoas analfabetas ou com alto grau de dificuldade na leitura e escrita se torna uma constante nesse contexto.
Já quem possui acesso à escola, se depara, em todos os níveis de ensino, com outras grandes dificuldades, como a má formação dos educadores; a falta de recursos materiais, financeiros e humanos nas instituições; a desvalorização da profissão do educador, que reflete em sua motivação e conduta perante os alunos; a falta de planejamento; a opressão e cobrança aos alunos dos vários atores da escola e da família; a desmotivação dos alunos em relação ao método de ensino utilizado pela escola; o desrespeito ao ritmo de aprendizagem de cada aluno, a repetência; a inflexibilidade de horários das aulas e de realização das atividades e a ênfase dada pelas escolas ao quantitativo de alunos nas salas de aula, não promovendo, dessa forma, uma boa qualidade de ensino.
Esses fatores levarão, no futuro dessas pessoas, ao desemprego ou ao emprego em que seu trabalho é desvalorizado, levando assim a uma grande insatisfação pessoal e baixa auto-estima.
“Está provado que a falta da educação ou as diferenças gigantescas na qualidade da mesma não só mantêm as condições que fazem com que a desigualdade social subsista, mas também reproduzem e criam diferenças que, com o tempo, perpetuam a pobreza e a exclusão. E são a pobreza — não os pobres e a exclusão — não os excluídos — os maiores obstáculos contra o desenvolvimento”.
(Mayor,1998)
Na tentativa de ajudar a resolver esses problemas e diminuir as desigualdades sociais surge, então, a Educação a Distância, que proporciona uma educação sem fronteiras. Ela pode chegar aos mais longínquos locais, em que é preciso vários dias para cruzar um rio com uma canoa para se ter acesso à população local.
Castro Neves (1996) afirma, a respeito disso, que a educação a distância é "uma alternativa preciosa para um país como o Brasil, onde a gigantesca extensão territorial e a falta de eqüidade na distribuição de oportunidades educacionais são fatos inquestionáveis".
Dessa forma, a educação pode chegar a esses locais através da televisão, do rádio ou do meio mais utilizado atualmente: o computador, que pode promover uma interatividade simultânea entre professores e alunos.
Leobons (1989, p.15-16) destaca alguns aspectos vantajosos da Educação a Distância em relação à Educação presencial, como a possibilidade de alcance de um grande número de pessoas e grupos; a adaptação ao ritmo de aprendizagem de cada aluno; o desenvolvimento da capacidade de autodidatismo e autonomia; necessidade de poucos especialistas para elaboração dos conteúdos e materiais; possibilidade do uso de alguns recursos que não são muito utilizados, como o rádio e a televisão.
Além desses fatores, a Educação a Distância está sendo cada vez mais utilizada na formação continuada de educadores.
Apesar de todas as vantagens destacadas, muitos ainda não dão credibilidade à Educação a Distância.
Diaz Bordenave (1988) destaca alguns pontos que são vistos como desvantagens dessa modalidade, como a alta taxa de evasão; a desconfiança das pessoas por um sistema de ensino sem a presença física do professor; a unificação dos cursos, sem levar em consideração a diversificação e descentralização dos conteúdos; a desatualização freqüente dos materiais didáticos e dos conteúdos propriamente ditos; a passividade no processo e a impossibilidade de controlar vários fatores, como a possibilidade dos aparelhos estragarem no momento de utilização.
Porém, ele mesmo contrapõe essas desvantagens, quando afirma que
“A idéia de que a educação só é possível quando o professor e o aluno acham-se fisicamente no mesmo lugar vem do tempo em que a palavra, o gesto e o desenho eram os únicos meios de comunicação disponíveis...” (Bordenave, 1987)
Ao meu ver, a educação pode ocorrer em qualquer ambiente, e não necessariamente entre um professor e um aluno. Acredito que seja muito relevante a interação física entre alunos e professores, para que seja estabelecida a afetividade. Para isso, acredito que o ideal é a educação semi-presencial, em que há possibilidade disso ocorrer sem excluir todas as vantagens que a Educação a Distância proporciona.
Há que se considerar que a população em geral possui muita resistência em reconhecer o novo; alguns por acomodação ou ignorância, outros por medo ou preconceito. A Educação a Distância está passando por isso, mas vem cada dia mais, vencendo as barreiras do preconceito e atuando para o alcance da democratização do ensino.
A respeito disso, Blois (1996) afirma que “é imprescindível que o Brasil, se quiser mudar o quadro de atraso em todos os campos, acorde para um novo tempo e utilize a educação a distância ou teleducação, que pode ser através do rádio e da televisão ou através do uso do satélite e das parabólicas de fabricação nacional. O importante é que a educação a distância aconteça logo, sem mais discussões acadêmicas ou políticas, para que a educação seja democratizada, pois a sociedade brasileira já amadureceu o suficiente para entender que estruturas formais não conseguirão atender às demandas exigidas no campo da educação”.
Portanto, após todas essas reflexões sobre a Educação a Distância, posso afirmar que ela pode sim atuar na resolução dos problemas educacionais que o Brasil sofre, a partir de sua flexibilidade, alcance do conhecimento de forma simultânea em todo o mundo, interatividade e desenvolvimento da pesquisa e descoberta de forma autônoma, trabalhando também a disciplina e responsabilidade do educando. Porém, ela precisa ser continuamente revista, a fim de que suas limitações sejam superadas e suas qualidades sejam reforçadas para sua completa disseminação no país.
Referências Bibliográficas
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. São Paulo, Saraiva, 2004.
BLOIS, M. M. "Educação à distância via rádio e TV educativas: questionamentos e inquietações". Em Aberto, v. 16, n. 70, p. 42-50, abr.-jun. 1996.
CASTRO NEVES, C. M. "O desafio contemporâneo da educação à distância". Em Aberto, Brasília, v. 16, n. 70, p. 34-41, abr.-jun. 1996.
DIAZ BORDENAVE, J. E. "Pode a educação à distância ajudar a resolver os problemas educacionais do Brasil?" Tecnologia Educacional, Rio de Janeiro, n. 80-81, p. 31-36, jan.-abr. 1988.
LAMPERT, ERNANI. Educação à distância: elitização ou alternativa de democratizar o ensino? http://campus.usal.es/~teoriaeducacion/rev_numero_02/n2_art_lampert.htm
BRASÃO. Educação a Distância e Qualificação Profissional: incluir os excluídos
A viagem do conhecimento
DESAFIO DO CONHECIMENTO
A viagem do conhecimento
A educação a distância ganhou ares de solução ef iciente para o grave problema educacional brasileiro. Com o uso de ferramentas tecnológ icas para ensino remoto, governo e entidades públicas e privadas esperam romper o gigantesco déf icit educacional e encontrar o caminho da inclusão na sociedade da informação
Por Anderson Gurgel, de São Paulo
A expressão latina "Deus ex machina", há tanto tempo em desuso, cabe bem para discussão sobre o atual cenário da educação brasileira.Em tradução simples, ela significa "Deus surgido da máquina"e tem sua origem no teatro grego, onde foi criada para classificar as soluções inesperadas, artificiais ou até mesmo improváveis que eram introduzidas em cena para resolver os impasses intrincados das tramas. Ao longo do tempo, esse recurso "quase divino"para desatar nós de enredo ganhou uma imagem dúbia e passou a ser visto tanto como solução viável,para uns, quanto como um embuste, para outros.
A bem da verdade - e saindo da tragédia grega para a tragédia educacional verde-amarela -, a expectativa criada em torno da educação a distância (EAD) tem um tom de "Deus ex machina". Inquestionavelmente citada em qualquer lista dos mais graves problemas nacionais, a educação brasileira, com o uso das tecnologias atuais,pode dar um salto inclusivo, levando o ensino, nos diversos graus, à massa sem acesso, tanto no campo como na cidade. Mas a questão que fica é: será que hardware e software bastam? Será que estudantes, nos variados graus de ensino, conseguirão manusear e aprender com esses recursos? Ainda, os certificados terão valor no mercado? E os professores, saberão utilizá-los para fazer seu trabalho?
De maneira geral,ainda não há respostas definitivas para essas questões.E, tragicamente, muitas outras podem ser colocadas. Mas, a despeito de tudo, parte dos especialistas e a imensa maioria das grandes empresas são entusiastas do uso dessas ferramentas tecnológicas na educação. Como lembra Fredric Litto, que é diretor da Escola do Futuro, centro de estudos da Universidade de São Paulo (USP), e também presidente da Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed),o uso de técnicas de ensino a distância não é uma novidade, o que existe hoje é uma potencialização do conceito.
No sentido tradicional do termo, há exemplos de adoção desses modelos entre agricultores e pecuaristas europeus,no fim do século XIX.Eles aprendiam,por correspondência, como plantar ou qual a melhor forma de cuidar do rebanho.No Brasil, essa modalidade por correio começou timidamente, no começo do século XX, e tem como exemplar notório o Instituto Universal Brasileiro, que oferecia cursos técnicos a distância - por exemplo, eletrônica e mecânica.O rádio e,posteriormente,a TV também foram peças fundamentais na educação remota no Brasil."Contudo,com o surgimento da Internet, o ensino a distância ganhou potencialidades nunca antes vistas", explica Litto.
Tanto é assim que até o próprio Instituto Universal Brasileiro aderiu ao mundo virtual.Hoje oferece opções de cursos usando a rede mundial de computadores, mas sem perder de vista as opções históricas, nas quais os alunos recebem em casa as apostilas para estudar.Para atender incluídos ou não, digitalmente falando, a perseverante escola já se garantiu nos dois mundos. Pode parecer exagero,mas não é. Falar de acesso à informação e à educação hoje é como falar de dois mundos distintos. Segundo Litto, por trás da corrida para a rede,há a percepção de que,na era do conhecimento, nada tem mais valor e nada dá mais poder do que saber trabalhar bem com as informações.
E, para dar conta do volume imenso de informações que circulam por todos os meios, estudar deixou de ser uma fase da vida das pessoas para se tornar um processo contínuo, como acontece no mundo dos cidadãos brasileiros inseridos e com alto poder aquisitivo. Para esses, cursos de pós-graduação,MBAs e outras opções estão sendo oferecidas usando as ferramentas de EAD. Já no outro mundo, dos que não têm acesso à escola ou às instituições de ensino superior, a Internet é uma realidade distante.Nesse ponto, encontra-se o nó que o Brasil não desatou e que faz a diferença na competição mundial com países emergentes,como a China e a Índia.
É nessa fronteira que muitos especialistas se mostram otimistas na possibilidade do encontro das ferramentas de EAD com as ações de inclusão digital. Esse talvez possa ser o "Deus ex machina" para o déficit educacional brasileiro. Para o governo federal,um ponto crítico é a formação de melhores professores de ensino fundamental. Dessa constatação surgiu, em 2005, a Universidade Aberta do Brasil (UAB), uma iniciativa da Secretaria de Educação a Distância (Seed), do Ministério da Educação (MEC).
Novos cursos
Denise Martins de Abreu e Lima, coordenadora da UAB na Universidade Federal de São Carlos (Ufscar), explica que o projeto é uma parceria entre consórcios públicos nos três níveis governamentais (federal, estadual e municipal), em conjunto com universidades públicas e demais organizações interessadas.Um dos pontos de referência foi instalado no município-sede da Ufscar, no interior de São Paulo. Denise Martins conta que os professores perceberam que os alunos já chegavam à instituição usando diferentes meios de se comunicar e interagir com o mundo."A educação não pode ignorar esse aspecto. Pelo contrário, deve entendê-lo para auxiliar novas gerações a utilizar esses meios com ética e respeito, sabendo aproveitar suas possibilidades da melhor forma possível", acrescenta.
sábado, 7 de maio de 2011
Boas oportunidades para o futuro
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quarta-feira, 4 de maio de 2011
Características
Como características fundamentais destacam-se:
Rui J. F. Monteiro
Como características fundamentais destacam-se:
- Estudo independente ou em grupos - os alunos poderão participar individualmente ou em grupo ou ambas.
- População estudantil relativamente dispersa, devido a diversos factores: de ordem profissional, de localização, etc.
- Como os alunos são de meios muito diversos e diferentes geralmente opta-se por adoptar estruturas curriculares flexíveis, via módulos e créditos.
- O aluno é obrigado a estudar por sua iniciativa, desenvolvendo habilidades de independência e de trabalho.
- Largo numero de estudantes por curso, no sentido de rentabilizar o dinheiro investido.
- Investimentos iniciais elevados mas que combinados com uma boa população estudantil serão minimizados (o custo decresce por aluno).
- Não é necessário leccionar o curso em tempo real (Ex. Via WWW - o curso pode estar em paginas HTML).
- Combinação de vários meios, desde material impresso passando pela vídeoconferencia até à Internet.
Rui J. F. Monteiro
Definição
Segundo a definição clássica o Ensino à Distância é um modelo de educação no qual professor e aluno(s) não se encontram fisicamente no mesmo local, ou seja estão geograficamente em lugares diferentes sendo a transmissão dos conteúdos educativos efectuada através da utilização de meios técnicos de comunicação.
No Ensino à Distância (também conhecido como Teleducação) devem-se também realçar os componentes:
Segundo a definição clássica o Ensino à Distância é um modelo de educação no qual professor e aluno(s) não se encontram fisicamente no mesmo local, ou seja estão geograficamente em lugares diferentes sendo a transmissão dos conteúdos educativos efectuada através da utilização de meios técnicos de comunicação.
No Ensino à Distância (também conhecido como Teleducação) devem-se também realçar os componentes:
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